Esperem... são os grilos....eles começam a transformar o seu canto numa espécie de gargalhadas.todos juntos lá fora.
Os ruídos que me acalmaram desde criança metem-me medo. Sim estou com medo, porque a minha existência começa a questionar-se...... por cada batida vinda da música que oiço passa-me uma imagem que rebenta ao som do solo de Dimebag... o porquê desta solidão que me arrasta entre as ervas mais escondidas rente ao chão e eu sei que maior que elas em tamanho mais longe estou de chegar a elas e conviver com elas.saber o que pensam.......
Infelizmente a merda dos condicionamentos naturais me impedem de pensar em tal coisa, porque nem a mesma língua falamos...
Sei que estou muito longe delas ainda, porque quero, apesar de não saber porquê.. enquanto a solidão arrasta-me e mais uma vez me pucha pelos cabelos brincando comigo, sem protecção de saber, onde estou, e porquê, de ela arrastar-me condicionando-me mais uma vez á vida.
O Amor?
...desgosto de muita gente, mas falar de amor para quÊ, talvez tivesse mais interesse se muda-se de nome...... sabemos lá nós a medida dele, só sabe a medida do amor quem lhe deu o nome (é, por vezes o conhecimento práctico é essêncial para saber do que se trata). Prefiro pensar numa amizade então..... enquanto isso vaguei-o de qualquer maneira entre as linhas da vida que me empurram mais uma vez para o chão.
É que se ao menos tivesse asas era outra conversa... sempre podia falar com os passarinhos e pagar-lhes uma bebida (mas a porcaria dos condicionamentos naturais nem dá mais uma vez oportunidade de pensar que isso pelo menos uma vez seria possível....- também não falo a língua deles.)
E a porcaria desta gravidade que me faz ficar marreca que nem a bruxa do conto lá da Branca de Neve, ela precisava era de um pontapé no cu para ver se ficava logo mais levezinha...
Mas na realidade o peso da gravidade é igual para todos, as reacções diferentes a ela dependem todas do ser a quem ela toca e dá festinhas, depende muito da força que se tem dentro de quem é "atacado"....
4 da manhã....... e o tempo passa, não sei mais uma vez o que vem aí amanhã....quero chorar, deixem-me sentir-me nesse direito,
deixem-me por favor só desta vez virar as costas á razão porque sei que existe algo para aqui para dentro que foi deixado para trás e me faz confusão........
Problema: Não sei o que é...
Não posso terminar com cores porque se não, sinto-me esquisita... parece que depois não me sinto em casa
(é só para justificar a existência desta frase - pode ter lixado o texto todo mas desta vez eu fiz o texto, eu é que sei......)
Mónica Garcia